quarta-feira, 25 de maio de 2011

RESENHA

Judas está vivo?

A cantora americana Lady Gaga não anda nada feliz com “Judas”. Melhor dizendo, o vídeo do seu novo single lançado na noite do último dia cinco de maio, numa tv americana. O motivo de tanta infelicidade seria o vazamento do clipe pela web.

O vídeo que 'vazou', causou profunda irritação na cantora. Gaga, conhecida por suas excentricidades como seu vestido de carne, e outros figurinos um tanto quanto exóticos vem causando grande polêmica por onde passa. Agora mais uma, como é o caso do “vazamento de Judas” na rede mundial de computadores.

Judas é o segundo single de “Born This Way” lançado no dia 23 de maio. No vídeo com a música Judas, Lady Gaga surgia na garupa de uma moto pilotada por uma espécie de Jesus Cristo moderno, com dreads e uma coroa de espinhos, e acompanhados por apóstolos, incluindo Judas, caracterizados também como motoqueiros. No contexto, Gaga interpreta Maria Madalena e, em dado momento, morre apedrejada.

O clipe segue num mau gosto e atentando contra a religião deturpando e denegrindo valores sagrados e teológicos com a sua sempre excentricidade desmedida e louca. Para os fãs de Gaga, resta esperar o lançamento oficial do clipe e curtir em meio às criticas. Aos críticos, resta lamentar a loucura e desequilíbrio de uma cantora que usa seu talento para criar “estrondos monstruosos” em seus públicos mostrando o que há de pior em suas composições polêmicas. Com todo esse barulho, “Alejandro” que se cuide.

Por Vicente de Paula

quarta-feira, 18 de maio de 2011

RESENHA

Rosa de Saron é a banda que mais fica com o pé na estrada
Com a agenda cheia até o final do ano, a banda se prepara para nove shows só no mês de maio

Sucesso é a palavra que já não dá mais pra dissociar do Rosa de Saron. Com mais de vinte anos de carreira, o quarteto de Campinas anda bastante atarefado com a agenda lotada até o mês de novembro, percorrendo as estradas brasileiras de norte a sul do país. Só em maio, eles já se preparam para fazer nove shows, sendo que já foram dois nos dias 01 e 02, no interior de São Paulo e Rio de Janeiro. 

Em setembro de 2010, foi gravado no HSBC Brasil, em São Paulo, o mais recente trabalho dos quatro rapazes, o DVD Horizonte Vivo Distante. O motivo do sucesso estrondoso foi a nova cara que ganhou o som da banda de Guilherme de Sá, Eduardo Faro, Rogério Feltrin e Grevão. Além de terem sido inclusas músicas inéditas, outras com participações especiais como a do cantor Maurício Manieri, as demais ganharam um peso que demonstrou a maturidade e o nível que a banda já atingiu. 

O rock católico do Rosa de Saron ganhou uma roupagem mais pesada, guitarras mais marcantes, ora clássicas, ora mais heavy, pendendo para um hard rock. Tudo isso demonstra que a banda já assumiu uma identidade que é reconhecida até por quem não é fã de carteirinha, estampando junto ao nome do Rosa a segurança e a certeza de que o rock católico e a proposta de levar mensagens de louvor à Deus por meio de letras bem feitas e guitarras elétricas está dando mais que certo. 

No blog da banda, podemos conferir um trecho da gravação do DVD em que eles emendam With or without you, do U2, à música Folhas do chão de autoria própria. Infelizmente, os irlandeses não autorizaram a liberação da música para o DVD, ficando de fora essa parte do show. Sorte de quem estava assistindo ao vivo.

Resultado de uma carreira bem consolidada, todos os integrantes do Rosa de Saron estão concorrendo ao Prêmio Nacional da Música Católica, o Troféu Louvemos ao Senhor, nas categorias de melhor cantor, melhor guitarrista, melhor baixista e melhor baterista. 

Outras informações podem ser acessadas no site (www.rosadesaron.com.br) ou no MySpace (www.myspace.com/bandarosadesaron) oficiais da banda.

Por Tatiane Fonseca

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RESENHA


Estreia Esquadrão do Amor

Estreou no dia 3 deste mês de maio um novo programa, mais um reality show no SBT – Sistema Brasileiro de Televisão.  A nova atração ocupará o horário do Esquadrão da Moda, (depois de 2 anos consecutivos sendo exibido, entra em férias), todas as terças-feiras próximas às 20:30h. O programa se chama Esquadrão do Amor e tem como principal objetivo ajudar as pessoas a se sentirem seguras e dar aquele empurrãozinho quando o assunto é relacionamento.

A nova atração do SBT já começou com baixas; o diretor da atração e também do Esquadrão da Moda, Aldrin Mazzei, foi demitido um dia antes da estreia pelo novo diretor de planejamento artístico da emissora, Fernando Pelégio. Os dois já estavam se estranhando há mais tempo e o ponto final se deu no dia 2. O principal motivo da discórdia foi que Fernando queria que ambos os programas se caracterizassem enquanto produtos mais populares e Aldrin relutava em mudar de postura. Com a demissão do diretor das atrações, no dia anterior ao lançamento do Esquadrão do Amor, o programa recebeu alterações de texto às pressas e foi novamente editado e sonorizado para que o programa atendesse os espectadores da faixa C, D e E.

Devido a todas essas turbulências, o programa começou com o pé um pouco torto. Houve uma tentativa de imposição aos espectadores do Esquadrão da Moda em gostar da nova atração; apelaram e com certeza, no geral, não agradou inicialmente.

Os dois apresentadores, Jairo Bauer, psiquiatra e especialista em comportamento, e Alana Rodrigues Alves, consultora de imagem, no início estavam muito travados e tentavam manter o ritmo do programa que estavam sucedendo. Não rolou química e acabaram escorregando um pouco. Ao longo do programa foram se soltando e, ao final, acabaram conquistando o público com a torcida para um final feliz cheia de espontaneidade, principalmente da parte de Alana Alves.

Com a correria da reedição e da sonorização pouco antes da estreia, o áudio, principalmente do psiquiatra Jairo Bauer foi um fiasco; com um sotaque carregado, cheio de ‘erres’ bem puxados, foi uma tortura ouvir o que ele dizia. Sua fala ficou muito comprometida e tenho certeza que se houvesse um melhor tratamento neste ponto, o que ele disse no primeiro episódio seria memorizado mais facilmente; muitos ficaram apenas ligados no sotaque horroroso e cansativo.

Outro ponto que liga o novo programa ao Esquadrão da Moda é o cabeleireiro Rodrigo Cintra e a maquiadora Andrea Ulsenheimer. Porém o papel dos dois nesta atração é diferente do programa anterior; eles continuam valorizando a beleza da participante, porém, principalmente na hora da maquiagem, percebe-se que há mais esforço em ensinar, não fica apenas no ato da Andrea maquiar e pronto, cadê o aprendizado?!

O primeiro programa foi bom devido à espontaneidade de seus apresentadores. Pode-se sentir a vontade de que tudo dê certo através da emoção de ambos, porém é necessário haver uma desvinculação do Esquadrão da Moda. É um novo programa, com apresentadores diferentes, abordando um tema dessemelhante. Para que o Esquadrão do Amor caminhe com suas próprias pernas e emplaque é preciso diminuir as comparações com o Esquadrão da Moda, que já é consolidado e possui seu público. Não é criando e forçando uma semelhança, que irá cair nas graças de todos.


Por Larissa Moura

RESENHA

Wasting Light: Foo Fighters in natura

Em meio a um mundo que tem cada vez mais se mostrado digital, eles tentaram fazer diferente, neste décimo álbum da banda. Wasting Light é o nome do novo álbum do Foo Fighters, banda que tem como guitarrista Dave Grohl, ex-Nirvana.

O experimentalismo da banda se superou dessa vez: todas as músicas foram gravadas em aparelhos analógicos. Daqueles do tempo do Led Zeppelin, em que toda a banda tinha que tocar ao mesmo tempo e sincronizada para gravar uma música. Nada de instrumentos separados, tratamentos sonoros, detalhes cheios de perfeição que o digital nos proporciona hoje. Apenas o rock nu e cru, e o melhor do Foo Fighters “in natura”.

E a novidade não para por aí: cerca de um mês antes do lançamento oficial de Wasting Light a banda gravou ao vivo, do estúdio onde ensaia, todas as músicas do álbum, na íntegra. A transmissão aconteceu pelo site Youtube. Foram quarenta e nove minutos de show via internet, curtidos por milhares de fãs.

O que há de mais intrigante no novo álbum é sua pegada que mistura todos os subgêneros do rock, que vão desde o new metal, perpassando o grunge, até o punk. E também o fato de serem três guitarras, e não apenas uma como era o formato adotado pela banda, o que não é comumente usado desde Iron Maiden. A mistura de ritmos e sentimentos pode ser percebida já na primeira música “Bridge Bruning”, que conta com gritos, calmaria e bastante distorção.

Na segunda faixa, “Rope”, há um brincadeira para criar uma certa confusão auditiva, como se fosse impossível saber de onde saem os riffs das guitarras. A música é calma – o que não a torna menos rica, principalmente pelo belo solo de guitarra ao final.

“Dear Rosemary” é de se emocionar, com o instrumental sentimentalista, em oposição à sua faixa seguinte “White Limo”, que, como diriam os roqueiros, é a faixa mais “pauleira” do álbum – para concretizar isso o clipe tem a participação especial de Lemmy, do Motorhead. Na sequencia “Arlandria” e “These Days” tem muito em comum, demonstram tristeza e ao mesmo tempo o desespero através dos gritos de Grohl.

O destaque de “Black & Forth” vai para a bateria, que lembra o chamado “rock baladinha”, dos anos 80. Se por um lado “A matter of time” parece ter influências dos Ramones, por outro “Miss the misery” parece ter saído direto de Creedence. Como pode uma banda diversificar tantos estilos sem perder sua identidade e qualidade musical? Pergunte aos Foo, de experimentalismo agora eles entendem.

Por fim, “I shoud have know” e “Walk” parecem ser trilhas sonoras perfeitas para filmes de drama, com o instrumental sensível, bem trabalhado, letras energizantes,  gritos e berros que nos levam ao âmago do Foo Fighters. O fim do álbum pede continuação.

Gravar em analógico, transmitir ao vivo na íntegra online, com três guitarras, não deve ter sido um trabalho fácil, mas parece ter valido a pena. Muitos sites como “Tenho mais discos que amigos!”, que é escrito por próprios fãs do Foo Fighters, indicam o álbum como o melhor da banda até hoje.

Wasting Light é uma espécie de remédio para todos os momentos da vida: os alegres, tristes, desesperadores, de alívio, reconfortantes. Isso sem perder a dose exata do “bom e velho rock’n’roll”. O álbum foi lançado dia 11 de abril e já tem mais de 100 mil cópias vendidas.

Por Marina de Morais

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Reportagem - Literatura em Divinópolis

 

Produção: Mariah Vianna, Tatiane Fonseca, Vicente de Paula e Wanderson Brandão
Imagens, artes e edição: Wanderson Brandão