segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Consciência ambiental não tem idade


O jovem americano Aidan Dwyer se tornou notícia no meio científico do mundo todo ao revolucionar a forma de se captar energia solar. O garoto de apenas 13 anos desenvolveu um protótipo que aumenta de 20% a 50% a eficiência de mecanismos de capitação de energia proveniente do sol. Apresentada em uma feira de ciências escolar, a invenção rendeu a Dwyer o premio de Jovem Naturalista, concedido pelo Museu de História Natural americano.

O atual modo de captação de energia solar consiste em organizar de forma horizontal enormes placas que são responsáveis por reter o calor. Aidan Dwyer, ao observar a natureza, percebeu que as folhas dispunham de maneira diferente para absorver a energia solar. A partir desta observação e dos conhecimentos científicos que já detinha, o estudante criou um suporte vertical, dotado de pequenos painéis organizados como folhas em galhos. A invenção que imita as formas da natureza se mostrou mais eficiente que a usada atualmente, além de economizar espaço e ser mais bonita.

A tecnologia usada de maneira inconsciente resulta em diversos problemas ambientais, cujas conseqüências sofremos no nosso dia-a-dia. Mas essa mesma tecnologia, aprimorada por mentes conscientes e preocupadas com o futuro do ambiente e das próximas gerações, nos faz ter esperança no futuro.  

Texto: Maria Izabel Almeida
Edição: Renato de Faria

Trabalho, trabalho, trabalho. Oba, é hora do almoço!


Crônica baseada na rotina de Polyana Euzébio.
  
Despertador gritando às seis da manhã. “Ainda saio dessa vida, quando ficar milionária”. É hora de botar-se na vertical e rumar para mais uma sessão de tortura remunerada, mais conhecida como trabalho. O dela é um supermercado de médio porte, pra não dizer medíocre, daqueles que há pouco era mercearia e acabara por crescer demais.
Quando era menina sonhava em ser aeromoça. Não sabia direito o que isso significava, mas por dedução concluíra que era uma moça que voava. E seria linda. Mas a vida toma rumos inesperados (ou esperados), menos glamourosos, e o jeito é arregaçar as mangas mesmo. Trabalhar.
Trabalho, do latim, tripalium, um instrumento de tortura. Os tempos mudam, impérios caem, mas o significado ainda é o mesmo: sofrimento. Ficar o dia todo, ou pelo menos a parte brilhante dele, fazendo coisas que você não quer, com pessoas que você não gosta, por razões que ignora, não parece algo muito agradável. Não é.  “Preferia estar em casa assistindo 'O clone'”.
Mas é preciso trabalhar. “De que outra forma eu vou conseguir dinheiro suficiente para não ter mais que trabalhar?”. Acertando na loteria, talvez!? Além do mais, tem aquela história de ser útil para a sociedade. Afinal, estamos todos unidos na empreitada de construir um futuro melhor. A natureza está lá e é nosso dever ir lá e transformá-la em alguma coisa útil. “Era o que o meu pai falava”.
Mas tem gente que gosta do seu trabalho (pelo menos é o que dizem). Os artistas, por exemplo. “Mas também, brincar com tintas e pincéis ou fingir ser quem você não é em cima de um palco não é trabalho, é viadagem”. Mas, paciência, é só uma fase, um dia passa. “Ou você acha que vou repor prateleiras a vida toda?” Não! Com um pouco de sorte talvez seja promovida e vá trabalhar no caixa.
E esse assunto, inevitavelmente, me lembra uma frase de um ilustre pensador latino: “Não existe trabalho ruim. O ruim é ter que trabalhar!”
Texto: Renato de Faria
Edição: Mariah Vianna

domingo, 28 de agosto de 2011

JANELAS PARA O PASSADO

Estudante de história da Funedi/UEMG coleciona fotografias antigas de Divinópolis.

É sempre bom olhar para uma fotografia antiga e imaginar como era a vida naquela época, para além daquele pequeno enquadramento capturado pelas lentes da câmera. E tem gente que leva a sério o hábito de apreciar fotos antigas. É o caso de Daniel Venâncio de Oliveira Amaral, estudante do 4º período do curso de História da FUNEDI/UEMG, que coleciona fotos antigas da cidade de Divinópolis.

Na coleção de Daniel tem fotografias de todos os tipos: paisagem, famílias, pessoas, lugares, esporte, cotidiano da cidade e também documentos antigos. “São aproximadamente oito mil fotos” diz o estudante, enfatizando o fato de que todas as imagens estão armazenadas em seu computador, e não em papel.

O interessante é que Daniel nunca teve muito interesse por história. Segundo ele quem gostava mesmo era seu pai, José Venâncio, que até produziu vídeos da história de algumas cidades da região como Carmo do Cajuru e Santo Antônio do Monte. “Eu sempre o ajudava na edição dos vídeos, então eu comecei a me envolver com isso”, diz ele. Mas foi depois que produziram um vídeo sobre o bairro Niterói (de Divinópolis) que começaram a chover fotografias antigas para ele e o pai. As pessoas os ofereciam as fotos para que pudessem incluí-las em um vídeo futuro. Outros vídeos foram produzidos, então ele começou a armazenar as imagens que são escaneadas e devolvidas aos donos.

As mais antigas são do ano de 1945, mas tem imagens de diferentes fases do desenvolvimento da cidade de Divinópolis. Observando as fotografias mais antigas, Daniel afirma que a cidade era realmente pacata, sem muita estrutura ou urbanização. Segundo ele, “percebe-se também que a religião católica tinha uma influencia muito grande, como em uma fotografia da inauguração da ponte de madeira do bairro Niterói, de 1845, em que a cerimônia de inauguração conta com alguns padres fazendo uma missa”.  

Para quem se interessa pelo assunto, o curso de História da FUNEDI produziu um jornal intitulado “O arauto”. “O jornal tem a proposta de resgatar a história antiga em notícias escritas como sendo atuais. Ou seja, o jornal é todo diagramado como os jornais da atualidade, porém as noticiais são de anos atrás”, relata Daniel. “Temos matérias, por exemplo, sobre o carnaval em Divinópolis que acontecia na Av. Primeiro de junho e sobre o esporte e escolhemos o bairro Niterói para ilustrar o esporte antigo da cidade”, acrescenta. Para conhecer a publicação é só procurar os alunos do 4º período do curso de história, que fica no bloco 2 da FUNEDI/UEMG, e retirar um exemplar gratuito. Ou acessar, também, o blog dos alunos: http://www.festanahistoria.blogspot.com/


Abaixo alguns exemplares da coleção de Daniel.









Por: Mariah Vianna e Renato de Faria

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cuidado, o diabo faz milagres em Divinópolis



A peça: Cuidado, o diabo também faz milagres, estará em cartaz em Divinópolis neste fim de semana. O espetáculo de Mauro Alvim resgata os valores e costumes do povo do interior de Minas Gerais e ainda tem o objetivo de apoiar o grupo Doutores Palhaços, doando a eles parte da arrecadação.

A história é um grande “causo” mineiro, como as diversas histórias vividas ainda hoje pela gente simples do sertão. Segundo Cidah Viana, atriz e diretora de teatro, e que também está na peça, o espetáculo conta a história de um casal do interior mineiro, que vive as margens do Rio São Francisco, e entram em desespero quando não conseguem vender a sua colheita de milho. Prestes a ver apodrecer toda a plantação de milho, resultado de meses de trabalho, Tonho (personagem interpretado por João Bosco Alves) sai determinado a vender sua colheita nem que seja para o diabo. E quando sai, dá de cara com o próprio.

Para a atriz, o grande lance desse espetáculo é a religião. “apesar do título (risos), a peça coloca em questão a fé das pessoas” relata. Com uma linguagem popular e humor sutil, Cuidado, o diabo também faz milagres é um espetáculo indicado para todas as idades. Para Cidah, a trama apresentada não é usual. “O que fazemos é bem diferente dos humores de novelas, seriados, filmes e até mesmo alguns espetáculos teatrais que vemos por aí e que já estamos fartos” afirma a atriz.

Outra motivação para conferir o espetáculo é que parte da arrecadação da peça será doada para o grupo Doutores Palhaços, que há mais de 11 anos leva alegria para todas as crianças hospitalizadas de Divinópolis. O dinheiro conseguido por meio da peça será utilizado na campanha da "semana da criança" que tem por objetivo levar um brinquedo a todas as crianças internadas nos hospitais da cidade, buscando amenizar um pouco o sofrimento delas. “Por isso é muito importante que consigamos bastante público nestas apresentações para que possamos atender várias crianças neste dia 12 de outubro", afirma Cidah.

Para quem quiser conferir, a peça: Cuidado, o diabo também faz milagres, será apresentada nos dias 27 e 28 de agosto, sábado e domingo, às 20 e às 19 horas, respectivamente. Na fala de Cidah Viana “Vale a pena conferir o milagre que o diabo pode fazer nas nossas vidas (risos)"

 Por: Mariah Vianna e Renato de Faria

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rock Caipira

Rua do rock” se apresenta como vitrine para bandas e grupos artísticos de Divinópolis (MG)

No início da década de 1990, além dos ícones transgressores da cena do rock, dois fenômenos iriam influenciar os mais jovens no Brasil, a MTV e a banda mineira Sepultura. De uma hora para outra, as garagens e quartos ficaram cheios de jovens se espremendo entre equipamentos musicais. Em estrídula e desafinada voz, qualquer um que dedilhasse em dó maior uma pianola de brinquedo e soubesse editar no movie maker já estava prestes a conseguir seguidores no Twitter e Facebook. O espírito empreendedor dos jovens divinopolitanos, ao longo do tempo, desde da década de 1990, também se contagiou e criou seus próprios espaços para apresentações artísticas e musicais, principalmente do gênero rock. Lugares como Shape, Bar do Sandro, Murasky e Dublin ainda estão bem vivos na memória dos que fazem o sinal com o indicador e o dedo mindinho.

Não muito diferente, hoje, no momento, em Divinópolis, no centro-oeste mineiro, há dois espaços para a expressão da cultura do rock. Um deles localiza-se ao final da rua Pitangui, no bairro Bom Pastor. Lá pulsa a “Rua do Rock”. São cinco e meia da tarde e as apresentações das onze bandas estão quase começando. O cheiro de maconha exala. Os músicos estão no palco, o som é potente e o local começa a encher. Pessoas de todos os estilos e idades, principalmente os mais jovens se aproximam. O som das guitarras sendo afinadas, da microfonia ecoam fazem os corpos se mexerem. O local do evento, promovido pelo poder público, e plano longe de áreas residenciais para não incomodar outros futuros eleitores. Várias etnias do gênero se reúnem pela velho bordão "Sexo, Drogas e Rock n' Roll", em medidas menores que as dos bit nicks. Um grupo de músicos próximos ao palco exaltam o evento dizendo que não é apenas reprodução dos hits dos quais fomos inspirados, aqui todos tem a chance de apresentar o trabalho autoral, é o que afirma Gabriel Tonelli, guitarrista da banda Plugness. Para o secretário responsável pela pasta “Cultura” de Divinópolis, Bernardo Rodrigues, o filão está aí. "Este será um espaço para valorizar as bandas e grupos do gênero", ele afirma. Toda infraestrutura também é cedida pela Secretaria de Cultura que promete que este evento entre para o calendário cultural da cidade. Para Bernardo, uma outra intenção do evento seria a de dar conta da demanda do número de bandas em relação aos espaços de apresentação oferecidos.

Bem próximo ao palco, quase surdos e chamando bastante atenção pelo corte de cabelo, um grupo todo de preto, uma vertente do rock, mas que não gosta de rótulos, diz que é uma grande iniciativa visto que dificilmente a prefeitura apoia eventos ligados ao underground. Ainda é dia e dezenas de jovens com idade entre 15 e 18 anos, apreciam as performances das bandas. Para Ângelo Eugênio, frequentador desse tipo de evento e esteve na última edição do palco livre "Dia do Rock", ressalta que até aquele momento, quase anoitecendo, não ouviu nenhum nome de político ainda, mas que não demora muito aparecer um monte de santinhos espalhados pelo chão dizendo que a ideia foi do partido A ou B. "Mas, em geral, a iniciativa foi aprovada e, mesmo com a intenção de influenciar, é melhor que isso aconteça longe de qualquer acorde de pagode ou axé", finaliza Ângelo. No mais, para uma outra banda, a politica sempre vai querer pegar carona, mas chegou a hora de valorizarem mais de quinhentas pessoas prestigiando o evento.

Palavra de músico

O vocalista da banda Jokie, Erik Rizatto, apóia a idéia de ter um evento de rock fazendo parte da programação cultural de Divinópolis, pois, segundo ele, a cidade precisava abrir mais espaço para este estilo musical. Para Erik, o evento poderá ter sucesso se funcionar todo em conjunto. “Não basta só o espaço, não basta a
oportunidade, depende dos participantes das bandas e do público fazer
este evento valer a pena”, ressalta. Se depender de apoio das bandas locais, a Rua do Rock vem mesmo para ficar. Alexandre Alves é vocalista da banda Commando, e se apresenta pela segunda vez no palco. Agora, ele espera que o público seja maior, pois da primeira vez, a banda cover dos Ramones fez um show de apenas quinze minutos. Alexandre acredita que Divinópolis tem público suficiente para esse tipo de evento e é uma boa oportunidade para a divulgação de novas bandas. “A Rua do Rock é uma ótima opção para um  grande público e quem sabe até mesmo promovendo  novos talentos regionais”, aponta.

Texto: Fabrício Terrezza
Edição: Tatiane Fonseca

Educação como prioridade

Brasileiros investem nos estudos e buscam a capacitação profissional

Redação: Larissa Moura
Edição: Júlia Medeiros

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de escolaridade dos brasileiros aumentou nos últimos anos. Além disso, a taxa de analfabetismo entre pessoas a partir de 15 anos caiu. No Censo de 2000 o número de analfabetos atingiu 13,6%; já em 2010 este índice foi de 9,6% no Brasil.
Esta mudança nas estatísticas está relacionada a muitos fatores, como a criação e o desenvolvimento de programas assistenciais do Governo, como o Bolsa Família, no qual o beneficiário se compromete a garantir a assiduidade das crianças e adolescentes na escolas e a democratização do ensino superior através do ProUni, que possibilitou a entrada de estudantes de baixa renda nas universidades.
Com todas as novas possibilidades e oportunidades de ensino, o mercado de trabalho a cada ano exige mais dos candidatos. Para ter um retorno financeiro e uma valorização profissional é necessário frequentar uma faculdade, investir em uma especialização. E foi com este pensamento que Henrique Franco Bicalho optou por fazer o curso de Engenharia Elétrica na UFMG.
Henrique começou a graduação em agosto de 2005 e formou-se em junho de 2011. Atento a exigência do mercado de trabalho, atualmente faz mestrado também na UFMG.

O processo de estudo para o vestibular

Entrar em uma faculdade não é nada fácil, e sabendo das dificuldades que viria pela frente, o processo de preparação para o vestibular fez com que Henrique estudasse mais de 12 horas por dia, incluindo os finais de semanas e até datas comemorativas e especiais, como o Natal. “Resumindo meu dia, eu apenas dormia, tomava banho, almoçava, jantava, tomava café da tarde, e assistia Malhação. Fora isso eu estudava todo o tempo.” disse Henrique.
O engenheiro eletricista acredita que a partir do processo de estudo para o vestibular, o vício em café surgiu e a visão foi afetada. “Antes disso minha visão era ótima. Mas depois passei muito tempo forçando a vista, principalmente quando estudava a noite”, acrescentou.
Segundo uma pesquisa realizada em 2010 pela Associação da Indústria do Café, com o apoio do Ministério da Agricultura, o café é a segunda bebida mais consumida por pessoas acima de 15 anos, perdendo apenas para a água. Ainda no ranking de bebidas mais consumidas, o refrigerante ocupa o terceiro lugar. Esta variação na predileção se deve justamente à necessidade dos jovens em se manterem dispostos ao longo do dia.

O período de graduação

Henrique Bicalho começou sua graduação em agosto de 2005 e, no início, era um aluno esforçado e estudava muito. No segundo período já fazia iniciação científica. Participou de projetos científicos durante dois anos e percebeu como esta experiência poderia ajudá-lo em sua formação, não apenas pelo conhecimento adquirido, mas sim pelo relacionamento com os professores pesquisadores.A professora que foi a minha orientadora de iniciação científica, foi também a responsável por orientar minha monografia, e hoje é a minha orientadora no mestrado”, relata.
Porém, nem tudo é fácil na faculdade; há um denominador comum nas salas de engenharia: as reprovações. O curso de engenharia elétrica foi apontado em 2003 no Exame Nacional de Cursos, mais conhecido como Provão, como o mais difícil graças a carga pesada de estudos nos campos da matemática e da física. Bicalho não se viu longe dos famosos “paus” e chegou até a desaminar um pouco do curso. “Fiquei um ano levando a coisa meio na corda bamba, mais paulando do que passando. Depois disso, eu voltei a estudar, a passar em praticamente tudo, mas não com o mesmo rendimento do início do curso”, relembra.
Atualmente, Henrique faz mestrado também na UFMG. A oportunidade surgiu e ele avaliou que o melhor seria continuar estudando e ao mesmo tempo prestar concursos públicos na tentativa de conseguir uma estabilidade no emprego. Além disso, diversas empresas investem na capacitação do empregado e atualização é um fator inquestionável de melhora na carreira profissional.

Vicio Dourado

Artigo: Vicente de Paula
Edição: Marina de Morais


A busca pela cor perfeita. Esse é o tão sonhado desejo de algumas pessoas que se empenham para estar bonitas, malhadas e com um bronzeado dourado. Na busca por uma cor diferenciada e sedutora estão os altos riscos de câncer de pele. No Brasil, apesar de algumas clínicas estéticas insistirem e infligirem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que proíbe a realização de bronzeamento artificial desde de 2009 para fins estéticos, há a clandestinidade e grande procura por esse método rápido e que proporciona o prazer de uma bela cor causando um vício.


De acordo com um estudo realizado por universidades norte americanas acerca dos males causados pelas câmaras de bronzeamento artificial, ficou comprovado que esse procedimento pode gerar um circulo viciante. As áreas ativadas no cérebro durante as sessões de bronzeamento são as mesmas que vemos em usuários de drogas ou no consumo excessivo de açúcar.


Apesar de todos os alertas públicos sobre o câncer de pele e em especial o melanoma, o bronzeamento permanece popular. Aproximadamente 30 milhões de americanos buscam por clínicas que oferecem o serviço por ano.


Vale à pena refletir: até que ponto vale a cobiça e o desejo por um corpo bronzeado e bonito em detrimento dos riscos que podem causar para a saúde? Compensa ficar dourado e com a pele envelhecida e doente para atender os caprichos que a sociedade impõe na ditadura da beleza? A vida e a saúde valem muito mais, nesta disputa por uma falsa beleza e uma banal alegria difundidos pelos grandes centros de beleza bombardeados e alardeados nos grandes veículos de comunicação.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

15 de agosto: Dia da Informática


Qual é a relevância da informática hoje?

Por Marina de Morais


Nascida no século XIX e impulsionada principalmente pelas guerras mundiais e descobertas científicas, a informática hoje se faz presente no cotidiano da população mundial. Mas o que é, de fato a informática? E como ela se participa da vida das pessoas?

De acordo com o Brasil Escola, a informática é o “tratamento automático da informação por meio de máquinas eletrônicas” e está relacionada principalmente ao uso de computadores. Isso quer dizer que a informática nada mais é que a sistematização de informações transformadas em escala numérica, o chamado “código binário”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a informática é hoje utilizada para facilitar a vida das pessoas, seja a partir da transmissão de notícias em tempo real através da internet, até o processamento de exames médicos, pesquisas dados estatísticos, cálculos, entre outros.




O uso dos computadores e da internet

O uso pessoal de computadores é relativamente novo, se comprado à origem da informática: o famoso PC (Computador Pessoal) tem apenas 30 anos. A internet, meio pelo qual esta reportagem está sendo postada e lida, é ainda mais nova: apenas 20 anos.

O curioso está no fato de que já em 2008, segundo a União Internacional das Telecomunicações, quase um quarto da população mundial já se encontrava no mundo virtual, uma média de 23 a cada 100 pessoas. Ainda de acordo com a instituição, países como Chile e Turquia chegam a ter 90% de população utilizando computadores e internet cotidianamente.

Assim, a utilização da informática no cotidiano demonstra que ela vai além do processamento de números e dados, pois se quase um quarto da população mundial está hoje conectada isso quer dizer que esta mesma proporção pode se comunicar, trocar experiências, opiniões, fotografias, vídeos, conhecimentos.

Quando John Lennon escreveu “imagine todas as pessoas compartilhando o mundo todo”, ele não poderia pensar que isso seria tão possível como agora, no século XXI. Prova deste compartilhamento é o número de usuários da rede social Facebook, hoje  a maior do mundo: 500 milhões. O dado, divulgado pelo próprio site, indica que as pessoas tem, cada vez mais, utilizado a internet como meio de relacionamento e interação social.




A informática e a internet além dos computadores


Pedro Alves,  estudante do curso de Engenharia da Computação, diz que “a informática contribui e facilita a vida das pessoas, pois hoje temos aparelhos como notebooks e celulares que possibilitam comunicação e acesso rápido de dados em qualquer lugar em que a pessoa se encontre”.

O aluno ainda diz que hoje todos querem se informar e divertir a todo instante e que isso só se faz possível através do processamento de dados da informática, seja através da internet, ou mesmo de bluetooth e/ou infravermelho, que são ferramentas de transmissão de dados encontradas em quase todos os parelhos celulares hoje.


Facilidade e informação: até que ponto?


Que a internet é uma das principais fontes de informação no mundo contemporâneo não há dúvida. Mas o que pouco se discute e se reflete hoje é sobre o que ela pede em troca disso.  Este é um dos principais temas das pesquisas de Seth Godin, estudioso do Marketing e da Internet.

Segundo suas pesquisas, ao procurar por determinada palavra, produto, fotografia ou qualquer outro formato em um site de buscas ou logado em seu e-mail escrevendo para determinadas pessoas sobre assuntos específicos, o internauta está criando, gratuitamente, seu perfil para a empresa do site de buscas ou e-mail. O que ele gosta, o que não gosta, com o que trabalha, com quem namora, fica marcado e registrado na rede, como se fossem pegadas na areia. É aí que os sites e e-mails começam a anunciar produtos e serviços que foram anteriormente buscados, em promoção. Isso não é coincidência, é na verdade, um banco de dados sobre o internauta.

Se antes se pensava que a internet era uma mídia livre, em que ninguém seria julgado pelo que escreve, hoje esta ideia se mostra distorcida. Quanto mais o sujeito se deixa mostrar, mais aprimorado é seu perfil e por mais caro será vendido para a empresa que o tem como público alvo. É o velho e mesmo sentimento do Grande Irmão, o órgão controlador. Não só pelo Estado desta vez, mas também pelas instituições privadas.

Há também o outro lado da moeda, em que essa interação em maior nível possa ser utilizada para, por exemplo, a troca de conhecimentos entre usuários, discussões e tomadas de decisões, como dito pelo próprio pesquisador.



Fontes:
IBGE e IBGE Teen
Brasil Escola
União Internacional das Telecomunicações
Facebook



República Já


Com o advento das mídias sociais encontrar uma república e até mesmo uma vaga para estágio agora é mais fácil. Veja como na entrevista feita por Cristiane Fernandes.