quarta-feira, 7 de setembro de 2011

TPM: A irritação que anda a solta

TPM (Tensão Pré-Menstrual) é um dos males que assolam a vida do sexo feminino. E é através de uma alteração de hormônios durante o ciclo menstrual, que cerca de 40% das mulheres apresentam esse grande desconforto.
Os sintomas do período da TPM todos já conhecem. Dores de cabeça, cólicas, vontade demasiada em comer doces, mudanças de humor, sensibilidade, tristeza, retenção de líquidos e inchaço do corpo. De acordo com ginecologistas, o incomodo maior para as mulheres está no fato da irritabilidade, aspecto normal decorrente desse período. ”A mulher na TPM, alterna entre grandes mudanças de humor. Sem dúvidas, a irritação acaba se tornando o maior vilão tendo em vista, as fortes cólicas e dores de cabeça. Nesse caso, o parceiro precisa ter muito carinho e paciência com a sua companheira. Compreensão e cuidado nessas horas são muito importantes”; conclui Evandro Guedes, especialista em Ginecologia.                                      
Cuidar bem da alimentação está entre as formas de amenizar a TPM. Comer alimentos ricos em Cálcio como leites e derivados; Vitamina B6: carnes e cereais integrais; Magnésio: vegetais verdes escuros e arroz integral; Vitamina D: sol, fibras, ácidos graxos, água e diuréticos naturais. Esses alimentos devem ser ingeridos por volta de 10 a 15 dias antes da menstruação. Evitar alimentos ricos em frituras, gorduras, sal, açúcar, café, álcool e margarina.
Parar de fumar, tomar pílula anticoncepcional e fazer atividades físicas, são muitos importantes para o relaxamento do corpo na TPM. Fazer exercícios físicos de preferência no mínimo, quatro vezes por semana, durante 30 minutos.
De acordo com a estudante Marcela Faria, para compreender melhor a mulher durante a TPM, e manter um relacionamento saudável, os homens devem prestar mais atenção nisso e relevar um pouco a turbulência desse período.

Texto:Vicente de Paula 
Edição: Maria Izabel

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Consciência ambiental não tem idade


O jovem americano Aidan Dwyer se tornou notícia no meio científico do mundo todo ao revolucionar a forma de se captar energia solar. O garoto de apenas 13 anos desenvolveu um protótipo que aumenta de 20% a 50% a eficiência de mecanismos de capitação de energia proveniente do sol. Apresentada em uma feira de ciências escolar, a invenção rendeu a Dwyer o premio de Jovem Naturalista, concedido pelo Museu de História Natural americano.

O atual modo de captação de energia solar consiste em organizar de forma horizontal enormes placas que são responsáveis por reter o calor. Aidan Dwyer, ao observar a natureza, percebeu que as folhas dispunham de maneira diferente para absorver a energia solar. A partir desta observação e dos conhecimentos científicos que já detinha, o estudante criou um suporte vertical, dotado de pequenos painéis organizados como folhas em galhos. A invenção que imita as formas da natureza se mostrou mais eficiente que a usada atualmente, além de economizar espaço e ser mais bonita.

A tecnologia usada de maneira inconsciente resulta em diversos problemas ambientais, cujas conseqüências sofremos no nosso dia-a-dia. Mas essa mesma tecnologia, aprimorada por mentes conscientes e preocupadas com o futuro do ambiente e das próximas gerações, nos faz ter esperança no futuro.  

Texto: Maria Izabel Almeida
Edição: Renato de Faria

Trabalho, trabalho, trabalho. Oba, é hora do almoço!


Crônica baseada na rotina de Polyana Euzébio.
  
Despertador gritando às seis da manhã. “Ainda saio dessa vida, quando ficar milionária”. É hora de botar-se na vertical e rumar para mais uma sessão de tortura remunerada, mais conhecida como trabalho. O dela é um supermercado de médio porte, pra não dizer medíocre, daqueles que há pouco era mercearia e acabara por crescer demais.
Quando era menina sonhava em ser aeromoça. Não sabia direito o que isso significava, mas por dedução concluíra que era uma moça que voava. E seria linda. Mas a vida toma rumos inesperados (ou esperados), menos glamourosos, e o jeito é arregaçar as mangas mesmo. Trabalhar.
Trabalho, do latim, tripalium, um instrumento de tortura. Os tempos mudam, impérios caem, mas o significado ainda é o mesmo: sofrimento. Ficar o dia todo, ou pelo menos a parte brilhante dele, fazendo coisas que você não quer, com pessoas que você não gosta, por razões que ignora, não parece algo muito agradável. Não é.  “Preferia estar em casa assistindo 'O clone'”.
Mas é preciso trabalhar. “De que outra forma eu vou conseguir dinheiro suficiente para não ter mais que trabalhar?”. Acertando na loteria, talvez!? Além do mais, tem aquela história de ser útil para a sociedade. Afinal, estamos todos unidos na empreitada de construir um futuro melhor. A natureza está lá e é nosso dever ir lá e transformá-la em alguma coisa útil. “Era o que o meu pai falava”.
Mas tem gente que gosta do seu trabalho (pelo menos é o que dizem). Os artistas, por exemplo. “Mas também, brincar com tintas e pincéis ou fingir ser quem você não é em cima de um palco não é trabalho, é viadagem”. Mas, paciência, é só uma fase, um dia passa. “Ou você acha que vou repor prateleiras a vida toda?” Não! Com um pouco de sorte talvez seja promovida e vá trabalhar no caixa.
E esse assunto, inevitavelmente, me lembra uma frase de um ilustre pensador latino: “Não existe trabalho ruim. O ruim é ter que trabalhar!”
Texto: Renato de Faria
Edição: Mariah Vianna

domingo, 28 de agosto de 2011

JANELAS PARA O PASSADO

Estudante de história da Funedi/UEMG coleciona fotografias antigas de Divinópolis.

É sempre bom olhar para uma fotografia antiga e imaginar como era a vida naquela época, para além daquele pequeno enquadramento capturado pelas lentes da câmera. E tem gente que leva a sério o hábito de apreciar fotos antigas. É o caso de Daniel Venâncio de Oliveira Amaral, estudante do 4º período do curso de História da FUNEDI/UEMG, que coleciona fotos antigas da cidade de Divinópolis.

Na coleção de Daniel tem fotografias de todos os tipos: paisagem, famílias, pessoas, lugares, esporte, cotidiano da cidade e também documentos antigos. “São aproximadamente oito mil fotos” diz o estudante, enfatizando o fato de que todas as imagens estão armazenadas em seu computador, e não em papel.

O interessante é que Daniel nunca teve muito interesse por história. Segundo ele quem gostava mesmo era seu pai, José Venâncio, que até produziu vídeos da história de algumas cidades da região como Carmo do Cajuru e Santo Antônio do Monte. “Eu sempre o ajudava na edição dos vídeos, então eu comecei a me envolver com isso”, diz ele. Mas foi depois que produziram um vídeo sobre o bairro Niterói (de Divinópolis) que começaram a chover fotografias antigas para ele e o pai. As pessoas os ofereciam as fotos para que pudessem incluí-las em um vídeo futuro. Outros vídeos foram produzidos, então ele começou a armazenar as imagens que são escaneadas e devolvidas aos donos.

As mais antigas são do ano de 1945, mas tem imagens de diferentes fases do desenvolvimento da cidade de Divinópolis. Observando as fotografias mais antigas, Daniel afirma que a cidade era realmente pacata, sem muita estrutura ou urbanização. Segundo ele, “percebe-se também que a religião católica tinha uma influencia muito grande, como em uma fotografia da inauguração da ponte de madeira do bairro Niterói, de 1845, em que a cerimônia de inauguração conta com alguns padres fazendo uma missa”.  

Para quem se interessa pelo assunto, o curso de História da FUNEDI produziu um jornal intitulado “O arauto”. “O jornal tem a proposta de resgatar a história antiga em notícias escritas como sendo atuais. Ou seja, o jornal é todo diagramado como os jornais da atualidade, porém as noticiais são de anos atrás”, relata Daniel. “Temos matérias, por exemplo, sobre o carnaval em Divinópolis que acontecia na Av. Primeiro de junho e sobre o esporte e escolhemos o bairro Niterói para ilustrar o esporte antigo da cidade”, acrescenta. Para conhecer a publicação é só procurar os alunos do 4º período do curso de história, que fica no bloco 2 da FUNEDI/UEMG, e retirar um exemplar gratuito. Ou acessar, também, o blog dos alunos: http://www.festanahistoria.blogspot.com/


Abaixo alguns exemplares da coleção de Daniel.









Por: Mariah Vianna e Renato de Faria

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Cuidado, o diabo faz milagres em Divinópolis



A peça: Cuidado, o diabo também faz milagres, estará em cartaz em Divinópolis neste fim de semana. O espetáculo de Mauro Alvim resgata os valores e costumes do povo do interior de Minas Gerais e ainda tem o objetivo de apoiar o grupo Doutores Palhaços, doando a eles parte da arrecadação.

A história é um grande “causo” mineiro, como as diversas histórias vividas ainda hoje pela gente simples do sertão. Segundo Cidah Viana, atriz e diretora de teatro, e que também está na peça, o espetáculo conta a história de um casal do interior mineiro, que vive as margens do Rio São Francisco, e entram em desespero quando não conseguem vender a sua colheita de milho. Prestes a ver apodrecer toda a plantação de milho, resultado de meses de trabalho, Tonho (personagem interpretado por João Bosco Alves) sai determinado a vender sua colheita nem que seja para o diabo. E quando sai, dá de cara com o próprio.

Para a atriz, o grande lance desse espetáculo é a religião. “apesar do título (risos), a peça coloca em questão a fé das pessoas” relata. Com uma linguagem popular e humor sutil, Cuidado, o diabo também faz milagres é um espetáculo indicado para todas as idades. Para Cidah, a trama apresentada não é usual. “O que fazemos é bem diferente dos humores de novelas, seriados, filmes e até mesmo alguns espetáculos teatrais que vemos por aí e que já estamos fartos” afirma a atriz.

Outra motivação para conferir o espetáculo é que parte da arrecadação da peça será doada para o grupo Doutores Palhaços, que há mais de 11 anos leva alegria para todas as crianças hospitalizadas de Divinópolis. O dinheiro conseguido por meio da peça será utilizado na campanha da "semana da criança" que tem por objetivo levar um brinquedo a todas as crianças internadas nos hospitais da cidade, buscando amenizar um pouco o sofrimento delas. “Por isso é muito importante que consigamos bastante público nestas apresentações para que possamos atender várias crianças neste dia 12 de outubro", afirma Cidah.

Para quem quiser conferir, a peça: Cuidado, o diabo também faz milagres, será apresentada nos dias 27 e 28 de agosto, sábado e domingo, às 20 e às 19 horas, respectivamente. Na fala de Cidah Viana “Vale a pena conferir o milagre que o diabo pode fazer nas nossas vidas (risos)"

 Por: Mariah Vianna e Renato de Faria

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rock Caipira

Rua do rock” se apresenta como vitrine para bandas e grupos artísticos de Divinópolis (MG)

No início da década de 1990, além dos ícones transgressores da cena do rock, dois fenômenos iriam influenciar os mais jovens no Brasil, a MTV e a banda mineira Sepultura. De uma hora para outra, as garagens e quartos ficaram cheios de jovens se espremendo entre equipamentos musicais. Em estrídula e desafinada voz, qualquer um que dedilhasse em dó maior uma pianola de brinquedo e soubesse editar no movie maker já estava prestes a conseguir seguidores no Twitter e Facebook. O espírito empreendedor dos jovens divinopolitanos, ao longo do tempo, desde da década de 1990, também se contagiou e criou seus próprios espaços para apresentações artísticas e musicais, principalmente do gênero rock. Lugares como Shape, Bar do Sandro, Murasky e Dublin ainda estão bem vivos na memória dos que fazem o sinal com o indicador e o dedo mindinho.

Não muito diferente, hoje, no momento, em Divinópolis, no centro-oeste mineiro, há dois espaços para a expressão da cultura do rock. Um deles localiza-se ao final da rua Pitangui, no bairro Bom Pastor. Lá pulsa a “Rua do Rock”. São cinco e meia da tarde e as apresentações das onze bandas estão quase começando. O cheiro de maconha exala. Os músicos estão no palco, o som é potente e o local começa a encher. Pessoas de todos os estilos e idades, principalmente os mais jovens se aproximam. O som das guitarras sendo afinadas, da microfonia ecoam fazem os corpos se mexerem. O local do evento, promovido pelo poder público, e plano longe de áreas residenciais para não incomodar outros futuros eleitores. Várias etnias do gênero se reúnem pela velho bordão "Sexo, Drogas e Rock n' Roll", em medidas menores que as dos bit nicks. Um grupo de músicos próximos ao palco exaltam o evento dizendo que não é apenas reprodução dos hits dos quais fomos inspirados, aqui todos tem a chance de apresentar o trabalho autoral, é o que afirma Gabriel Tonelli, guitarrista da banda Plugness. Para o secretário responsável pela pasta “Cultura” de Divinópolis, Bernardo Rodrigues, o filão está aí. "Este será um espaço para valorizar as bandas e grupos do gênero", ele afirma. Toda infraestrutura também é cedida pela Secretaria de Cultura que promete que este evento entre para o calendário cultural da cidade. Para Bernardo, uma outra intenção do evento seria a de dar conta da demanda do número de bandas em relação aos espaços de apresentação oferecidos.

Bem próximo ao palco, quase surdos e chamando bastante atenção pelo corte de cabelo, um grupo todo de preto, uma vertente do rock, mas que não gosta de rótulos, diz que é uma grande iniciativa visto que dificilmente a prefeitura apoia eventos ligados ao underground. Ainda é dia e dezenas de jovens com idade entre 15 e 18 anos, apreciam as performances das bandas. Para Ângelo Eugênio, frequentador desse tipo de evento e esteve na última edição do palco livre "Dia do Rock", ressalta que até aquele momento, quase anoitecendo, não ouviu nenhum nome de político ainda, mas que não demora muito aparecer um monte de santinhos espalhados pelo chão dizendo que a ideia foi do partido A ou B. "Mas, em geral, a iniciativa foi aprovada e, mesmo com a intenção de influenciar, é melhor que isso aconteça longe de qualquer acorde de pagode ou axé", finaliza Ângelo. No mais, para uma outra banda, a politica sempre vai querer pegar carona, mas chegou a hora de valorizarem mais de quinhentas pessoas prestigiando o evento.

Palavra de músico

O vocalista da banda Jokie, Erik Rizatto, apóia a idéia de ter um evento de rock fazendo parte da programação cultural de Divinópolis, pois, segundo ele, a cidade precisava abrir mais espaço para este estilo musical. Para Erik, o evento poderá ter sucesso se funcionar todo em conjunto. “Não basta só o espaço, não basta a
oportunidade, depende dos participantes das bandas e do público fazer
este evento valer a pena”, ressalta. Se depender de apoio das bandas locais, a Rua do Rock vem mesmo para ficar. Alexandre Alves é vocalista da banda Commando, e se apresenta pela segunda vez no palco. Agora, ele espera que o público seja maior, pois da primeira vez, a banda cover dos Ramones fez um show de apenas quinze minutos. Alexandre acredita que Divinópolis tem público suficiente para esse tipo de evento e é uma boa oportunidade para a divulgação de novas bandas. “A Rua do Rock é uma ótima opção para um  grande público e quem sabe até mesmo promovendo  novos talentos regionais”, aponta.

Texto: Fabrício Terrezza
Edição: Tatiane Fonseca