quinta-feira, 7 de abril de 2011

CRÔNICA

TEM BASE NÃO?
CONSUMIDOR CRÍTICO – SÓ EM DIVINÓPIS MEMO

Em Divinópolis, há algum tempo, existia um atendimento ao público consumidor um pouco imperfeito, nas mais variadas áreas. Um exemplo que consegue ilustrar isso que acontecia, em tempos remotos, era quando um sujeito chegava em uma cervejaria e não era amigo do garçom – este estava fadado a ir embora com os braços doendo e com uma dor de cabeça específica de pessoas que os nervos estufam, aparentemente, as veias. Nada contra a classe que serve nas noites, os próprios garçons muito bem alinhados em seu tradicional preto e branco atribuíam culpa ao gerente, e este por sua vez...Não adiantava falar com “o administrador”, a frase mais usada era: “Semana que vem contrataremos mais um garçom”, ainda mais quando era um plágio de um lugar chamado Savassi, em BH.

Se você pensa que vou falar daqui para frente do 'atendimento especial' que ocorria em hospitais, está muito enganado, mas pulo essa parte falando que muita gente morreu porque não tinha uma amigo político e/ou médico. Ah, sem contar que se o seu problema de saúde fosse grave, uma emergência, você era atendido em uma réplica do Bar do Bigode, o chão sujo e várias pessoas escornadas no Pronto Socorro, tinha que tomar muito soro. Porém, antes, quem montava seu prontuário de atendimento era um policial. Prontuário de atendimento, palavra bonita, típica da terrinha. Mas, vamos ao tet-a-tet.

Até as capivaras, animais típicos das matas ciliares do Rio Itapecerica, fazem um grunhido mais audível que os trocadores de ônibus que tentam falar algo como “um passinho à frente, por favor”. Estes se esqueciam que quem pagava o seus salários eram os usuários da passaginha. Sem falar que todos os ônibus sempre vão em direção ao Inesp ou, para o outro lado, Danilo Passos. Esqueci, falei do Itapecerica e não podia deixar de falar da brilhante ideia do “Verde Centenário” – reflorestamento das matas ciliares para melhorar a qualidade de vida da população de Divinópolis. Mas, espere aí! Isso não era uma obrigação da prefeitura dentro do projeto Nova Margem? Ta aí, “Qualidade de Vida”, um serviço que o poder público entrou para atender.

Mas, a prefeitura, ah, a prefeitura...altos tempos de espera no protocolo com um Pon Chic na mão esperando de acordo com a prioridade. Todos os funcionários, ainda em horário de almoço, parando o carro na antiga ASCADI para não pagar o Estacionamento Rotativo. Aliás, criação de uma antiga legislatura que fazia isso para melhor a infraestrutura do trânsito e atender melhor os motoristas. Era só entrar a palavra “atender”, que virava uma bagunça. Se você é divinopolitano conhece bem os termos usados e está bem acostumado com tudo, a não ser quando uma notícia de um acontecimento local aparece em rede nacional: “Craqueiros do bairro Niterói, roubam velhinha para dar uma latada” – Tudo quanto é violência, desde a época do Peixe-Gato, acontece até hoje no Niterói, até parece que o carrapateiro não é centro!

Mas, pode ter certeza que nada disso acontece hoje em dia. Pois, com os twiteiros de plantão, o atendimento das mais variadas esferas da vida social são resolvidos em 140 caracteres. O Rio está limpo, a cidade segura e a cultura local tem ainda suas raízes, e há até aqueles que se orgulham de ter Adélia Prado como uma moradora ilustre da Cidade Centenária. Lugar de memória, pois não...Sr.?

Por Fabrício Terreza

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