sexta-feira, 1 de abril de 2011

Alunos da Funedi participam de recuperação de documentos históricos em Pitangui


                                                                    Foto: Wanderson Brandão
Estagiária do projeto no trabalho de revitalização do acervo
Projeto de revitalização do acervo histórico de Pitangui propõe
recuperar e organizar documentos da região Centro-oeste.

Pitangui é considerada como um dos principais berços históricos e culturais da região centro-oeste de Minas Gerais e onde se concentram os principais documentos da região. Por ter sido uma das poucas vilas existentes na época em Minas Gerais, a Câmara Municipal de Pitangui era responsável pela produção e arquivamento dos documentos das demais localidades ao redor. A Câmara, nesse período, exercia outras tarefas como do poder judiciário e da administração, não como é hoje, com o Legislativo. Uma grande quantidade de arquivos produzidos e conservados pertence ao acervo histórico do município.

Segundo Leandro Pena Catão, professor de História da Funedi UEMG e coordenador do projeto, a maior parte da região centro-oeste de Minas pertencia à jurisdição de Pitangui, inclusive Divinópolis. Por isso, todos os documentos eram produzidos neste local. “Não apenas relativo a Vila de Pitangui mas, esses documentos dizem respeito à todas as localidades da região, inclusive do Arraial do Divino Espírito Santo. Nós temos lá vários documentos sobre pessoas pertences ao Arraial', explica Catão.

Hoje, o projeto conta com o apoio de estagiários do curso de História da Funedi UEMG, que auxiliam na limpeza, higienização, organização, identificação e leitura dos documentos. Para isso é preciso um trabalho minucioso e de muita atenção, pois a caligrafia dos arquivos daquela época é de difícil entendimento, além de ter sido escrito em português arcaico. Para Raquel de Castro, uma das estagiárias do projeto, o estágio tem sido muito importante para os alunos, pois assim eles  podem ter um contato mais próximo com a história da região centro-oeste,  por meio dos arquivos. “A gente consegue ver na prática o que vemos na teoria na sala de aula, na faculdade. E além disso, o estágio é uma bolsa de iniciação científica, o que vai contribuir muito para o meu currículo", relata a estágiária.

Segundo Leandro Catão, o acervo é bastante variado. São mais de 100 tipologias diferentes, destacando-se os inventários e os testamentos. Para historiadores e pesquisadores em geral são documentos de grande importância porque através da análise deles é possível saber como viviam as pessoas, do que se alimentavam, qual eram os objetos que elas possuíam em suas casas, a faixa de renda das famílias.

O arquivo é de livre acesso para quem quiser pesquisar ou visitar. Para isso é necessário agendar antecipadamente pelo telefone do Arquivo (37) 3271 1239
 
Reportagem: Mariah Vianna, Tatiane Fonseca, Vicente de Paula e Wanderson Brandão

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