segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Educação como prioridade

Brasileiros investem nos estudos e buscam a capacitação profissional

Redação: Larissa Moura
Edição: Júlia Medeiros

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de escolaridade dos brasileiros aumentou nos últimos anos. Além disso, a taxa de analfabetismo entre pessoas a partir de 15 anos caiu. No Censo de 2000 o número de analfabetos atingiu 13,6%; já em 2010 este índice foi de 9,6% no Brasil.
Esta mudança nas estatísticas está relacionada a muitos fatores, como a criação e o desenvolvimento de programas assistenciais do Governo, como o Bolsa Família, no qual o beneficiário se compromete a garantir a assiduidade das crianças e adolescentes na escolas e a democratização do ensino superior através do ProUni, que possibilitou a entrada de estudantes de baixa renda nas universidades.
Com todas as novas possibilidades e oportunidades de ensino, o mercado de trabalho a cada ano exige mais dos candidatos. Para ter um retorno financeiro e uma valorização profissional é necessário frequentar uma faculdade, investir em uma especialização. E foi com este pensamento que Henrique Franco Bicalho optou por fazer o curso de Engenharia Elétrica na UFMG.
Henrique começou a graduação em agosto de 2005 e formou-se em junho de 2011. Atento a exigência do mercado de trabalho, atualmente faz mestrado também na UFMG.

O processo de estudo para o vestibular

Entrar em uma faculdade não é nada fácil, e sabendo das dificuldades que viria pela frente, o processo de preparação para o vestibular fez com que Henrique estudasse mais de 12 horas por dia, incluindo os finais de semanas e até datas comemorativas e especiais, como o Natal. “Resumindo meu dia, eu apenas dormia, tomava banho, almoçava, jantava, tomava café da tarde, e assistia Malhação. Fora isso eu estudava todo o tempo.” disse Henrique.
O engenheiro eletricista acredita que a partir do processo de estudo para o vestibular, o vício em café surgiu e a visão foi afetada. “Antes disso minha visão era ótima. Mas depois passei muito tempo forçando a vista, principalmente quando estudava a noite”, acrescentou.
Segundo uma pesquisa realizada em 2010 pela Associação da Indústria do Café, com o apoio do Ministério da Agricultura, o café é a segunda bebida mais consumida por pessoas acima de 15 anos, perdendo apenas para a água. Ainda no ranking de bebidas mais consumidas, o refrigerante ocupa o terceiro lugar. Esta variação na predileção se deve justamente à necessidade dos jovens em se manterem dispostos ao longo do dia.

O período de graduação

Henrique Bicalho começou sua graduação em agosto de 2005 e, no início, era um aluno esforçado e estudava muito. No segundo período já fazia iniciação científica. Participou de projetos científicos durante dois anos e percebeu como esta experiência poderia ajudá-lo em sua formação, não apenas pelo conhecimento adquirido, mas sim pelo relacionamento com os professores pesquisadores.A professora que foi a minha orientadora de iniciação científica, foi também a responsável por orientar minha monografia, e hoje é a minha orientadora no mestrado”, relata.
Porém, nem tudo é fácil na faculdade; há um denominador comum nas salas de engenharia: as reprovações. O curso de engenharia elétrica foi apontado em 2003 no Exame Nacional de Cursos, mais conhecido como Provão, como o mais difícil graças a carga pesada de estudos nos campos da matemática e da física. Bicalho não se viu longe dos famosos “paus” e chegou até a desaminar um pouco do curso. “Fiquei um ano levando a coisa meio na corda bamba, mais paulando do que passando. Depois disso, eu voltei a estudar, a passar em praticamente tudo, mas não com o mesmo rendimento do início do curso”, relembra.
Atualmente, Henrique faz mestrado também na UFMG. A oportunidade surgiu e ele avaliou que o melhor seria continuar estudando e ao mesmo tempo prestar concursos públicos na tentativa de conseguir uma estabilidade no emprego. Além disso, diversas empresas investem na capacitação do empregado e atualização é um fator inquestionável de melhora na carreira profissional.

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