segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vicio Dourado

Artigo: Vicente de Paula
Edição: Marina de Morais


A busca pela cor perfeita. Esse é o tão sonhado desejo de algumas pessoas que se empenham para estar bonitas, malhadas e com um bronzeado dourado. Na busca por uma cor diferenciada e sedutora estão os altos riscos de câncer de pele. No Brasil, apesar de algumas clínicas estéticas insistirem e infligirem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que proíbe a realização de bronzeamento artificial desde de 2009 para fins estéticos, há a clandestinidade e grande procura por esse método rápido e que proporciona o prazer de uma bela cor causando um vício.


De acordo com um estudo realizado por universidades norte americanas acerca dos males causados pelas câmaras de bronzeamento artificial, ficou comprovado que esse procedimento pode gerar um circulo viciante. As áreas ativadas no cérebro durante as sessões de bronzeamento são as mesmas que vemos em usuários de drogas ou no consumo excessivo de açúcar.


Apesar de todos os alertas públicos sobre o câncer de pele e em especial o melanoma, o bronzeamento permanece popular. Aproximadamente 30 milhões de americanos buscam por clínicas que oferecem o serviço por ano.


Vale à pena refletir: até que ponto vale a cobiça e o desejo por um corpo bronzeado e bonito em detrimento dos riscos que podem causar para a saúde? Compensa ficar dourado e com a pele envelhecida e doente para atender os caprichos que a sociedade impõe na ditadura da beleza? A vida e a saúde valem muito mais, nesta disputa por uma falsa beleza e uma banal alegria difundidos pelos grandes centros de beleza bombardeados e alardeados nos grandes veículos de comunicação.

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