sexta-feira, 18 de março de 2011

Farião pede aposentadoria

Com 7 pontos ganhos em 6 partidas disputadas pelo Campeonato Mineiro, o Guarani de Divinópolis vem se destacando enquanto time de interior. Porém, desde a derrota para o Uberaba, no último domingo, 13, o foco do time é se recuperar para voltar ao G4. Caso isso aconteça, o clube enfrentará outro problema: como receber jogos da semifinal num estádio que comporta mais torcedores do lado de fora do que de dentro?

Já é fato que o Farião não precisa mais de reforma e sim ser aposentado. De nada adianta o os jogadores fazerem bonito dentro de campo, uma vez que o destaque nos noticiários, em rede nacional, foram seus torcedores em lajes e árvores do Morro da Pitimba. Pra quê tanto esforço treinando debaixo de chuva durante horas e várias vezes por semana se, por causa dela, tiveram que passear de barco em 2008? Também, a menos de 100 metros do rio Itapecerica, fica quase impossível não ser atingido pelas enchentes em épocas de chuva forte, como as de atualmente.

A última, e acho que a mais perigosa de todas, foi o princípio de incêndio em um poste do estádio, no início do segundo tempo do jogo contra o Uberaba. Segundo o Tenente Carlos Henrique Viana, do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Divinópolis, foi apenas um “susto, já que todo grupo efetivo estava presente”. Pior seria se além da falta de estrutura física os jogadores e torcedores tivessem que enfrentar a falta de ajuda profissional na área da saúde.

Enfim, mesmo sem estrutura para receber todos os seus apaixonados torcedores dentro do estádio, o Guarani tem feito o seu papel, está jogando bem e lutando por uma vaga na semifinal. Mas se alcançar seu objetivo, deverá viajar aproximadamente 158km para jogar no estádio mais próximo, em condições de receber um jogo desse nível.

Devido a essa triste situação, um grupo de torcedores do Guarani sonha com a realização do Centro Olímpico de Divinópolis. Este projeto já existe há algum tempo, porém, segundo o secretário de esportes da cidade, Rômulo Duarte, ainda não há previsão de melhoras para o Farião. Com 62 anos, o Estádio Waldemar Teixeira de Faria já está entregando os pontos. ‘Dinheiro não é problema’, dizem alguns torcedores apaixonados pelo clube; o projeto para a substituição do estádio já existe, falta agora a boa vontade dos chamados “representantes do povo” em querer melhorar o esporte na cidade O que falta é gastarem menos com publicidade e focar na qualidade de vida dos divinopolitanos. Ainda faltam 3 anos para a realização e concretização das obras antes que o Farião se aposente. Será que dá?

Mariah Vianna

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